sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Franca Basquete e o tabu dos 3 estrangeiros

   Atual vice-campeão do Novo Basquete Brasil, o Franca Basquete anunciou que terá, para a disputa da temporada 2011/2012, três norte-americanos no seu elenco. A chegada dos gringos pode suprir as ausências dos principais jogadores da última campanha francana que deixaram o clube ao final do NBB3.

   Porém, a história mostra que equipes que apostaram em três estrangeiros não se deram muito bem na disputa do campeonato nacional.

   Na primeira edição do Novo Basquete Brasil, nenhuma equipe apresentou mais do que dois estrangeiros no plantel. Da segunda temporada em diante, porém, muitas equipes investiram em um trio de jogadores nascidos fora do Brasil e não obtiveram sucesso.

   Por exemplo, no NBB 2009/2010, o Saldanha da Gama teve em seu elenco o panamenho José Gabriel Muñoz Castillo, o cubano Amiel Vegga e o norte-americano Leonardo Mosley. Ao final da competição, os capixabas não conseguiram a classificação para os playoffs e ainda amargaram a última posição.

   Outro exemplo vindo do Espírito Santo: Vila Velha contou com três estrangeiros para disputar a última edição do NBB, porém acabou ficando de fora dos playoffs, na 14º colocação. O sérvio Dusan e os norte-americanos Riddick e Owens formaram o trio de não-brasileiros da equipe.

Sucatzky, quando jogava em Minas, marcado por Borders, na época em Assis. Ambos já jogaram ao lado de dois estrangeiros em suas equipes no NBB.
Foto: Divulgação
   Minas também experimentou e não conseguiu muito sucesso na contratação de três estrangeiros para disputar o nacional: Sucatzky, Robinson e Winkelman não conseguiram levar a equipe mineira além das oitavas de final no NBB 2010/2011, onde foram eliminados por Joinville. Foi a primeira vez em que a equipe de Belo Horizonte não conseguiu uma vaga para as semifinais.

    Outro ponto muito interessante a favor das equipes que apostam em jogadores nascidos no Brasil é que, em nenhuma edição do Novo Basquete Brasil, o campeão do torneio contava em seu elenco com qualquer estrangeiro. Para falar a verdade, Brasília teve, na segunda temporada, o ala Tchiêlo, nascido em Portugal, que praticamente não participou na campanha do primeiro título brasiliense do NBB.

   Para a temporada 2011/2012, um dos poucos times que ainda não conta com nenhum estrangeiro é o próprio Brasília, atual campeão nacional. Seus rivais e concorrentes ao título já buscaram alguém de fora para a disputa: por exemplo, Pinheiros, Flamengo e Franca,que ao lado de Brasília ficaram entre os 4 primeiros da temporada passada, disputando assim o Torneio Interligas.

   Faltam menos de 30 dias do início da quarta edição do NBB e, ao final dela, saberemos se, pela primeira vez, algum estrangeiro tornar-se-á campeão do campeonato. A presença deles é cada vez mais frequente nas equipes e tal conquista parece estar próxima de concretizar-se.


Rodrigo Bertoni

2 comentários:

  1. Só lembrando, outro time que teve 3 estrangeiros foi Assis no NBB 2 com o Borders, Parker e Thomas. O time tb não conseguiu ir longe no campeonato.

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  2. Depende muito no nivel dos estrangeiros,pois tirando o Facundo e o Robinson,todos os demais não eram grande coisa!

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